Mensagem faz parte de vídeo viral lançado hoje, juntamente com o site www.reformadaclt.com.br, durante abertura do Maio Lilá
Brasília – Pelo segundo ano consecutivo, o Ministério Público do Trabalho deu início hoje (7), às atividades do Maio Lilás, movimento que visa conscientizar a sociedade da importância da promoção da liberdade sindical. Um seminário que abordou os desafios das entidades sindicais no cenário pós-reforma trabalhista, ocorrido na Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, marcou o lançamento da campanha.
A mesa de abertura contou com o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, o ministro do Trabalho Helton Yomura, a vice-presidente da Associação Nacional do Procuradores do Trabalho, Ana Cláudia Bandeira Monteiro, a vice-coordenadora nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret) do MPT, Vanessa Patriota, bem como outras autoridades.
“Vamos ter que nos reiventar”, convocou Fleury, diante das alterações legislativas que afetaram as entidades sindicais. E acrescentou: “incito todos os presentes a manterem a luta pela preservação dos direitos sociais e, principalmente, pela manutenção do direito sindical coletivo do trabalho, ramo mais atingido na reforma trabalhista”.
Para o coordenador nacional da Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) do MPT, João Hilário, “o enfrentamento plural dos problemas que nós temos no universo do mundo do trabalho deve ser feito por meio do necessário diálogo social, envolvendo o Estado, as entidades sindicais patronais e obreiras: essa é a ideia do Maio Lilás, um movimento nascido no MPT que busca parceiros para realizar atividades que promovam a liberdade sindical”, destacou.
Na oportunidade, foi distribuída a revista MPT Em Quadrinhos nº 34, com o título “Sindicatos”, e foi lançado o site www.reformadaclt.com.br, que traz esclarecimentos acerca das mudanças profundas provocadas pela reforma. Também foram exibidos dois vídeos virais que alertam: “Seus direitos têm valor. Nem todo acordo é bom para você”. A página possui ainda um canal interativo, o “Pergunte aqui”. A campanha de mídia contará com spots para rádio.
Além de compor o site, o material será veiculado nas redes sociais, a exemplo do Instagram @mptrabalho, que também teve sua estreia durante o evento. “É toda uma campanha que se desenvolverá ao longo do ano, com o objetivo de buscar a aplicação da lei conforme interpretação da Constituição, de modo a evitar retrocesso social e para garantir os direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas”, explica a vice-coordenadora nacional da Conafret, do MPT, Vanessa Patriota.
A titular da Conalis do MPT no DF, Ana Cristina D. B. F. Tostes Ribeiro, presidiu a mesa-redonda, que teve participação do vice-PGT Luiz Eduardo Bojart, além do representante da Conalis do MPT no Ceará, Francisco Gerson Marques de Lima, do presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antônio Fernandes dos Santos Neto, o secretário nacional de assuntos jurídicos da CUT, Valeir Ertle, entre os expositores.
Diversos representantes de entidades sindicais e associações prestigiaram o evento, como: a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas, Luciana Conforti, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, José Calixto Ramos, a diretora de relações institucionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, Sheila Tussi.
Na ocasião, os participantes também puderam visitar uma exposição realizada no hall do auditório em homenagem ao movimento sindical no Brasil. Todas as fotos da abertura do Maio Lilás, você pode conferir aqui.
Site da reforma – A proposta do site www.reformadaclt.com.br é informar a sociedade sobre os reais impactos da reforma trabalhista nas relações de trabalho e o cotidiano dos trabalhadores brasileiros, bem como demonstrar quais direitos não foram alterados, alertando os empregadores para que mantenham as relações e o ambiente de trabalho saudáveis e produtivos.
Maio Lilás – A cor lilás é uma homenagem às 129 mulheres trabalhadoras, que foram trancadas e queimadas vivas em um incêndio criminoso numa fábrica de tecidos, em Nova Iorque (EUA), em 8 de março de 1857, por reivindicarem um salário justo e redução da jornada de trabalho. No momento do incêndio, era confeccionado um tecido de cor lilás.